sexta-feira, 13 de maio de 2016

 Espécies marinhas em vias de extinção em Portugal:



Na costa portuguesa marinha há diversas espécies marinhas, mas também muitas estão em perigo de extinção.

Exemplos:

Peixe Boga-Portuguesa
Espadarte
  • O peixe Boga-Portuguesa é um peixe que possui um corpo alongado, com uma boca interior e uma coloração avermelhada. Alimenta-se de algas, invertebrados e larvas de insectos. Habita em águas de baixa profundidade. Está em vias de extinção devido á perda do habitat por parte do ser Humano que o destrói.
  • O espadarte é um peixe que habita em alto mar ou em zonas costeiras, tanto á superfície da água como no fundo dos oceanos e migra, sendo um peixe solitário e muito agressivo. Este animal chega a medir 4 metros de comprimento e pesar cerca de 500 kg. Como é um peixe difícil de capturar e luta muito, é bastante apreciado na pesca desportiva.
  • O golfinho é um mamífero aquático muito inteligente, que sempre foi reconhecido como um dos melhores amigos do Homem no oceano. Come normalmente vários peixes e mariscos. Apesar do golfinho ser um animal muito simpático e ainda existir em número alargado, têm sido caçados.
  • A Baleia Branca é um animal gregário que mede até 5 metros de comprimento e pesa até 1,5 toneladas. Habita as águas frias em torno do círculo polar ártico. Come uma grande variedade de peixes, lulas, crustáceos e polvos.
  • O Tubarão Charuto pode crescer até 50 cm de comprimento e é um dos tubarões de menor tamanho. O seu corpo é arredondado e muito mais escuro no dorso e mais claro em direção ao ventre. As barbatanas são pequenos e próximas ao corpo. Pode ser encontrado a 3,570m de profundidade, vive nos mares perto do equador onde as águas são mais cálidas. Crava os seus dentes na carne e roda arrancando um pouco da carne, ficando a presa com uma cicatriz circular. Alimenta-se de mamíferos aquáticos e cetáceos.
  • O cavalo marinho possui uma cabeça alongada com filamentos que lembram a crina de um cavalo. Tem características semelhantes às do camaleão, como mudar de cor e mexer os olhos independentemente um do outro. Nadam com o corpo na vertical, movimentando rapidamente as suas barbatanas. Algumas espécies podem ser confundidas com plantas marinhas e com corais e anémonas marinhas. Vive em águas temperadas e tropicais. Alimenta-se de vermes, crustáceos e plâncton, que são sugados através do seu focinho tubular. 
    Golfinhos
    Baleia Branca
    Tubarão Charuto
    Cavalo Marinho

 Relatório sobre a biodiversidade marinha.

  •  Espécies marinhas ameaçadas pela poluição e pelas alterações climáticas, diz relatório da ONU

A poluição, a sobrepesca e as alterações climáticas estão a ter um impacto cada vez mais prejudicial nos oceanos do mundo, aumentando o risco de extinção de espécies marinhas indígenas em todas as regiões, adverte hoje um novo relatório das Nações Unidas.
Prevê-se que a produtividade e, consequentemente, as capturas diminuam em todas as zonas até 2050, no mundo inteiro, e que as pescarias passem a ser constituídas em grande medida por espécies mais pequenas, situadas a um nível mais baixo da cadeia alimentar, afirma o relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), Marine Biodiversity Assessment and Outlook: Global Synthesis.
Se não forem combatidas, as alterações climáticas poderão levar as temperaturas da superfície dos oceanos a aumentar até 2100, o que terá importantes repercussões para os recifes de coral e outros organismos marinhos sensíveis à temperatura. Entre as mudanças previstas incluem-se ainda o aumento progressivo e generalizado dos níveis de azoto devido a descargas de águas residuais, efluentes agrícolas e emissões dos veículos e navios.
O azoto pode dar origem a eflorescências de algas que, por sua vez, são tóxicas para os peixes e outras espécies marinhas, bem como contribuir para a formação das chamadas zonas mortas – zonas dos oceanos com baixas concentrações de oxigénio.
O relatório refere ainda as preocupações quanto ao crescimento de espécies marinhas invasivas, normalmente transportadas para regiões diferentes das de origem na água de balastro dos navios ou agarradas ao seu casco, fazendo notar que os impactos cumulativos de todos estes factores terão consequências graves em termos de extinção de espécies marinhas indígenas em todas as regiões.
O declínio progressivo da biodiversidade marinha porá em risco a resiliência dos ecossistemas marinhos e costeiros perante os efeitos das alterações climáticas, bem como a sua capacidade para atenuar esses efeitos, afirma o relatório.
"Desligar o crescimento de níveis crescentes de poluição é o principal desafio que esta geração enfrenta", declarou Achim Steiner, Director Executivo do PNUA. "Não há área nenhuma em que isso seja mais evidente do que a da saúde actual e futura dos mares e oceanos do mundo. Serviços que valem vários biliões de dólares, incluindo a pesca, o controlo do clima e os serviços que estão na base de indústrias como o turismo estão em risco, se os impactos no meio marinho não forem controlados e reduzidos".
"Os governos estão a começar a fazer face ao desafio através de acções no âmbito das convenções e planos de acção relativos aos mares regionais. Este relatório mundial, que se baseia em 18 relatórios regionais, salienta que as ambições e acções devem actualmente corresponder à escala e urgência do desafio".
Dada a natureza e a dinâmica transfronteiriças dos oceanos, é necessário que todas as regiões empreendam acções, e os países devem trabalhar juntos para tentar encontrar soluções. Essas acções devem incluir abordagens intersectoriais, como, por exemplo, a gestão baseada nos ecossistemas, de modo a terem-se em conta as actividades que afectam os ecossistemas marinhos, pois a combinação da utilização humana crescente e dos efeitos esperados do aumento das temperaturas e da acidificação dos oceanos representa uma ameaça para a biodiversidade marinha, da qual dependem muitas actividades humanas.

Noticias 


 
Plásticos são os "principais predadores" dos oceanos.
 Sob a forma de garrafas, sacos ou tampas, os plásticos são "os principais predadores dos oceanos", afirmou hoje a organização Surfrider, que publica um relatório detalhando a poluição em cinco locais franceses e espanhóis. Com a ajuda de centenas de voluntários, a organização não-governamental levou a cabo em 2015 o primeiro 'censo' de resíduos que poluem as praias, a orla costeira e os fundos marinhos, no âmbito de uma iniciativa que visa recolher e analisar os dados à escala europeia. "Todos os dias, oito milhões de toneladas de lixo acabam no oceano. 80% da poluição que afeta os nossos mares é de origem terrestre e resulta da atividade humana, com repercussões terríveis na biodiversidade e na globalidade do nosso ambiente", sublinha o presidente da Surfrider Foundation Europe, Gilles Asenjo, em comunicado. 


12.05.2016  05:51 Governo timorense aprova estratégia para combater lixo marinho.
  O Governo timorense aprovou esta semana uma resolução para definir a estratégia nacional de mitigação do lixo marinho, um dos maiores problemas ambientais que o país enfrenta. "O lixo marinho apresenta-se como uma ameaça particularmente grave à saúde, ao ambiente e à biodiversidade, pelo que se torna necessário que as autoridades públicas promovam a adoção de políticas públicas de prevenção e combate à sua proliferação", explica um comunicado do Governo. Falta de saneamento, poucas campanhas de informação, sistemas deficientes de recolha e tratamento de lixo e fraca manutenção e limpeza das ribeiras e canais são alguns dos fatores que agravam o problema. 
Exploração industrial dos oceanos levará a extinções.
Declínio das espécies marinhas, desde os peixes às tartarugas ou cetáceos, faz antever futuro sombrio nas próximas décadas
Primeiro foi em terra e agora a ameaça pende sobre a vida marinha. Com a revolução industrial e a exploração indiscriminada dos recursos terrestres - abate de florestas para consumo das madeiras, sobreutilização dos solos para a agricultura intensiva e criação de gado, extração de minérios do subsolo e poluição da água por causa disso tudo -, a biodiversidade sofreu grandes perdas nas últimas décadas. Agora está a começar a acontecer nos oceanos e o que segue é o efeito dodó nos mares, senão houver medidas para tornar sustentáveis as atividades humanas, alertam os cientistas.
Os sinais de exploração industrial dos recursos marinhos já são visíveis, afirma um grupo de cientistas de várias universidades dos Estados Unidos que foi coordenado pelo biólogo marinho Douglas McCauley, da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O que é biodiversidade?  





A biodiversidade traduz-se na quantidade de espécies de seres vivos existentes no planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos como o gelo da Antártida ou fontes submarinas com actividade vulcânica e temperaturas superiores a 100ºC. Ainda se conhece pouco sobre a biodiversidade do planeta. Calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de espécies.
A diversidade biológica ou biodiversidade refere-se à variedade dos organismos no Mundo e às relações complexas entre os seres vivos e entre estes e o ambiente.

Porque é que a Biodiversidade é importante?

A biodiversidade suporta o ambiente em que vivemos e do qual as nossas vidas e as de outros seres vivos dependem. A biodiversidade é para a sociedade uma fonte de trabalho e de lucro. A biodiversidade é uma das maiores riquezas do planeta e, no entanto, a menos reconhecida como tal.

Quais as ameaças à biodiversidade? 

  • O aumento demográfico com a utilização crescente e a sobreexploração dos recursos;
  • A destruição e a degradação dos habitats;
  • A poluição;
  • A introdução de espécies exóticas;
  • As alterações climáticas;
  • A selecção artificial de plantas e animais.

Impacto das frotas pesqueiras

 A análise dos padrões dinâmicos de operação das frotas pesqueiras no mundo todo mostrava impactos adicionais ainda mais significativos sobre a vida marinha. Inicialmente, ficou caracterizado um processo de expansão da atividade pesqueira para áreas cada vez mais profundas e o direcionamento para espécies cada vez menores e mais próximas da base das cadeias tróficas, como uma resposta ao esgotamento dos recursos costeiros e do desaparecimento na natureza de organismos predadores de maior tamanho e longevidade. Adicionalmente, o potencial de captura não intencional e de degradação de habitats das pescarias de grande escala começou a ser revelado demonstrando perspectivas alarmantes de geração de mortalidade de um elevado número de espécies não importantes economicamente, incluindo aquelas demograficamente sensíveis como aves, tartarugas, tubarões, mamíferos marinhos e corais de profundidade.
Combinados, esses impactos demonstraram o potencial da pesca como agente modificador dos ecossistemas marinhos, tanto em domínios costeiros como oceânicos, capaz de:

  • reduzir a abundância de organismos a níveis não produtivos ou até mesmo a extinções regionais ou globais;
  • promover a redistribuição da biomassa marinha no sentido dos componentes de menor tamanho;
  • modificar habitats essenciais para a sustentação de espécies com e sem importância económica. 

Aos indícios pesqueiros podem se somar outros tantos associados a impactos talvez não menos importantes causados pelas tendências presentes e futuras da exploração mineral no leito marinho, poluição, ocupação das áreas costeiras e as mudanças climáticas globais.